A aids faz 25 anos em 2006. Sua cura está longe de ser descoberta e o vírus HIV, causador da doença, permanece uma ameaça em todos os continentes. Há, no entanto, uma notícia que propicia certo otimismo: pela primeira vez foi registrada uma queda na velocidade de propagação do HIV. Entre 2001 e 2005, meio milhão de pessoas em todo o mundo deixaram de ser infectadas – o que representa uma queda de mais de 17% no ritmo da epidemia. Até na África, que sempre abrigou os piores cenários da doença, alguns países mostram uma redução na porcentagem de portadores do vírus. Isso só foi possível graças à intensificação dos programas de prevenção e educação dos portadores, aliada à universalização dos tratamentos mais efetivos. A diminuição global da porcentagem de infectados poderia ser maior não fossem países como Índia, China e Rússia, que hoje passam por uma situação semelhante à dos primórdios da epidemia na África. “A aids não é mais um problema da ciência ou da medicina”, diz o sanitarista Mario Scheffer, da ONG Pela Vidda. “A epidemia só não está controlada por problemas políticos, econômicos e sociais.” Descontado o exagero da afirmação, a verdade é que atualmente estão disponíveis remédios e conhecimento eficazes o bastante para transformar a aids em uma doença crônica e, assim, mantê-la sob controle. A grande dificuldade é levar esse arsenal a todas as pessoas que precisam dele. Fonte: Veja Edição de 21/06/2006 O último relatório da Unaids, o programa das Nações Unidas para a aids, destaca as conquistas de países localizados na África Subsaariana, que abriga o pior foco da epidemia. Lá, programas de educação e prevenção resultaram na mudança de comportamento sexual, como a redução do número de parceiros, e no uso mais difundido de preservativos. Em alguns desses países, o uso de camisinhas já chega a 70% da população masculina. Resultado: países como Quênia e Zimbábue conseguiram estabilizar ou diminuir a porcentagem de infectados. “As conquistas são animadoras, mas ainda precisamos combater o preconceito, a discriminação e difundir a prevenção e o tratamento”, disse a VEJA Karen Stanecki, consultora da Unaids em Genebra. Fonte: Revista Veja, Edição 1961, de 21/06/06

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