Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos mostra que os índices de doações de órgãos não aumentaram no último ano Estudo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), disponíveis no Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), mostra que o número de transplante de órgãos realizados no período de janeiro a dezembro de 2006, manteve-se igual ao mesmo período do ano anterior. No ano passado, a taxa de doações foi de 6,0 doadores por milhão de população, em 2005, 6,3 doadores pmp*. De acordo com a presidente da ABTO, a nefrologista Maria Cristina Ribeiro de Castro, além do insuficiente número de doações, reflexo de dúvidas na população e da falta de campanhas de informação, outros fatores contribuíram para esse quadro, como o ainda precário funcionamento das comissões intra-hospitalares de doação e transplante, obrigatórias no país em todos os hospitais com mais de 80 leitos. “Com essa situação, menos de 30% dos pacientes em lista consegue receber um transplante, frustrando a esperança de milhares de pacientes em lista de espera e dos transplantadores responsáveis por esses pacientes”, enfatiza a médica. A ABTO analisou também as taxas de doação nas diferentes regiões do país e observou que tivemos em 2006, 9,7 doadores pmp no Sul, 7,5 pmp no Sudeste, 4,6 pmp no Nordeste e Centro-Oeste e 1,4 pmp no Norte. Essas diferenças merecem uma análise, atenção e políticas específicas. Em relação ao número de transplantes realizados, a Associação verificou que em 2006, o número de transplantes renais permaneceu estável, o de transplantes hepáticos cresceu 6,7% e o transplante de pulmão aumentou 8,9%. Já o número de transplantes de coração diminuiu cerca de 30%, seguido pelo pâncreas com queda de 11%, pâncreas e rim combinado caíram 6%; comparados com 2005. Os dados positivos se referem à taxa de remoção de múltiplos órgãos que ocorreu em 80% dos doadores do país, e o aumento de 16% no transplante de córneas, aproximando-se do objetivo de zerar a lista de espera. Vale ressaltar que o Brasil ocupa o segundo lugar em número absoluto de transplantes e tem o maior programa público de transplantes no mundo, mas, observamos um aumento progressivo nas listas de espera para transplante sem um aumento na captação de órgãos. Temos no Brasil cerca de 65 mil pessoas em fila, aguardando por um órgão ou tecido e, infelizmente, observamos a estagnação da captação. *pmp – por milhão de população. Fonte: ABTO

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.