Dados do Ministério da Saúde mostram que cresceu em 20% o número de transplantes de órgãos, na Paraíba. O Estado aparece em décimo lugar entre os Estados que apresentaram crescimento e estão com um índice maior que a média nacional (10%). Em 2008, foram realizadas no Estado 152 intervenções, número superior ao de 2007 (127 transplantes). Apesar dos dados positivos, na Paraíba, ainda existe uma lista de espera de 726 pacientes. Dentre eles, 576 esperam por um rim, 126 pessoas estão na expectativa de receber uma doação de córnea, 20 transplantes de fígados e dois de coração. No Brasil, a espera atinge 58.634 pacientes. Desse total, 36.095 dos indivíduos esperam por órgãos sólidos, 20.275 aguardam por um transplante de córnea e 2.264 estão na lista por um doador de medula óssea. Alagoas, Maranhão e Permambuco aparecem no topo da realização de transplantes. Rio Grande do Norte, Piauí e Sergipe apresentaram um déficit entre -10% a -16%. Entre janeiro e dezembro do ano passado foram realizados 19.125 transplantes em no País. Em 2007, esse número atingiu 17.428 casos. Segundo informações da Central de Transplantes da Paraíba, em 2008 aconteceram 12 transplantes de rim, já em 2007 foram realizados apenas oito. No mesmo período o transplante de córnea teve uma queda de 188 para 135 intervenções, fígado manteve a média de 4 para 5 cirurgias e nenhum coração foi transplantado em 2008. De acordo com a diretora da Central de Transplantes da Paraíba, Gyanna Lys de Melo, a baixa no número de transplantes de córnea tem como justificativa a diminuição das doações, que caíram de 204 em 2007 para 174 em 2008, e eventuais problemas no na córnea doada, que nem sempre pode ser aproveitada. A diretora lembra que o número de doações ainda é insuficiente para atender os pacientes que estão na fila de espera pelos órgãos e faz um apelo para a sociedade: “Evidenciamos a necessidade das pessoas se conscientizarem e doarem os órgãos. Eles ajudam a salvar muitas vidas e, apesar de ser positivo o quadro do Estado com relação ao Nordeste, ainda temos muito o que crescer””, declarou Gyanna.