Por Dra. Luciana Trindade
CRM PB 5151
RQE Dermatologia 2371
Desde 1999, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolve campanhas de combate ao câncer de pele, que se aprimoraram a partir de 2014, com mutirões de atendimento e ações intensivas de esclarecimento sobre o tema, no chamado “Dezembro Laranja”.
E por que “Laranja”? Essa cor representa o sol, reconhecido como o agente que mais estimula os cânceres de pele. A pele tem a capacidade de absorver os seus raios, que irão agir sobre as células cutâneas e modificá-las. Esse mecanismo ocorre durante a exposição da vida inteira, sendo mais intenso na infância e adolescência.
Os cânceres de pele mais comum são os carcinomas e os melanomas e, na maioria dos casos, são preveníveis. Para isso, faz-se necessário adotar diariamente medidas preventivas: 1) Proteger-se do sol, usando roupas como o algodão e o brim, ou roupas com fator de proteção solar (roupas UV); passar protetor solar nas áreas não cobertas pelas roupas, como face, orelhas e pescoço, lembrando que crianças devem usar protetor solar infantil e só após os 6 meses de vida. 2) Andar pela sombra, pois ela reduz a quantidade de sol que chega à pele, assim como as películas de vidro, os chapéus, os bonés e as sombrinhas. 3) Não se expor diretamente ao sol, notadamente sem proteção, entre 09 e 16h. Assim, as atitudes visando o bronzeamento são completamente condenáveis e prejudiciais à saúde.
Quem tem maior risco de desenvolver câncer de pele? 1) Os indivíduos de pele clara e olhos claros, que tomaram e tomam sol sem proteção. Porém, o Brasil é um país miscigenado e há pessoas morenas ou negras com tendência genética ao câncer de pele. Assim, todos precisam se proteger. 2) Quem já teve câncer de pele ou tem pessoas na família com a doença. 3) Aqueles que já tiveram queimadura solar em algum momento da vida. 4) As pessoas com mais de 45 anos de idade.
Desconfie-se de câncer de pele diante de um caroço que sangra ou “se abre do nada” ou uma pinta ou um sinal de formato irregular, escuro ou com mais de uma cor, em qualquer parte do corpo, mas principalmente nas áreas expostas ao sol. Na maioria dos casos, se diagnosticado no tempo certo, a lesão terá tratamento e cura. A partir daí, a pessoa acometida deverá adotar com mais rigor as medidas preventivas e buscar avaliação com dermatologista a cada 6 meses, o que deve fazer também aqueles que têm maior risco para desenvolver a doença.
A partir de agora, que tal alaranjar-se você também, protegendo-se do sol? A sua saúde e a sua pele agradecem!