Autor: Dalvélio de Paiva Madruga (Presidente do CRM-PB)
Veiculação: Jornal do CRM-PB
Medicina é uma das profissões mais antigas do mundo, remonta aos mais longínquos períodos da história da humanidade, é, portanto uma profissão construída ao longo de cinqüenta séculos.
No cenário atual, sua evolução cientifica é incontestável, entretanto seu exercício, muitas vezes está sendo descaracterizado pelo progresso, isto é, a tecnologia tenta determinar os passos que devemos tomar.
É imperativo que todo profissional habilitado para exercer a Medicina tenha conhecimento dos princípios éticos que norteiam à vida prática, como também das responsabilidades perante a Justiça sob o prisma civil e criminal.
O desconhecimento, desobediência, ao Código de Ética Médica têm sido responsável pelo aumento de ações nos Conselhos Regionais e, sobretudo na esfera judicial.
É necessário afirmar que o dever do Estado é ministrar a educação e, no curso superior, assegurar o conhecimento cientifico que irá efetivamente, beneficiar a comunidade. Porém o simples diploma não cumpre esta prerrogativa.
Na formação do médico e no ato de inscrição no Conselho, atualmente, esclarecimentos e dúvidas são dirimidas, entretanto ainda são de modo insuficientes, daí o compromisso de uma educação médica continuada e constante, objetivando evitar constrangimentos no exercício profissional.
Prontuários médicos, atestados, declarações e laudos, muitas vezes ocasionam, críticas generalizadas que contribuem para desmotivar aqueles que exerceram ou exercem a profissão, visando, sobretudo o bem estar do paciente, em consonância com Hipocrates: “Curar quando possível, aliviar quase sempre, consolar sempre”.
Lidamos com o que há de mais precioso, a vida humana.
O prestigio e respeito ao que abraçamos está sempre em julgamento.
Dignidade, prudência, seriedade, responsabilidade deverão ser constantes em nossos atos.
A Medicina não pode ser utilizada para interesse pessoal.
Reflexões fazem parte do cotidiano do médico.
Antes de qualquer ação, o amor ao próximo é fundamental, essencial e indispensável.
Agindo dessa maneira, com certeza, primamos pela Ética, e teremos amparo, respeito e respaldo na Justiça.
Dalvélio de Paiva Madruga
Presidente do CRM-PB