A medicina, o ensino e as artes fazem parte da rotina do médico radiologista Carlos Fernando de Mello Júnior há anos. Formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) há 20 anos e doutor em Radiologia pela Universidade de São Paulo (USP), em 2017 resolveu escrever o seu primeiro livro de ficção. Já tinha escrito livros técnicos em sua área de atuação na medicina, mas a paixão pela Arte e pela História o incentivou a ingressar na literatura.

“Sempre gostei muito de história e adoro a sétima arte. Tudo começou com o primeiro livro da trilogia ‘As Narrativas dos Ventos’, lançado na Bienal do Livro de São Paulo em 2018. Era para ser só um livro, mas como tinha muita coisa na cabeça, a coisa foi fluindo e acabou tornando-se uma trilogia”, diz. Agora, em 2020, ele lançou sua mais recente obra, “Os Pergaminhos de Malta”, um romance de ficção, envolvendo fatos históricos, arte e religião.

Na entrevista a seguir, o professor de Radiologia da UFPB e diretor do Instituto Sectras fala que aproveitou o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 para escrever o seu mais novo livro, contando um breve resumo da obra criativa e cheia de mistério. Ele ressalta também como concilia o trabalho de médico, escritor e professor. “Já fui exclusivamente médico, depois médico e professor; hoje sou menos médico e mais professor e escritor. Vamos ver qual será o próximo ciclo”, diz.

Além de médico, o senhor é escritor e lançou um livro recentemente, “Os Pergaminhos de Malta”. Do que se trata o livro?
É um romance de ficção com uma narrativa envolvendo fatos históricos, arte e religião nos últimos dois milênios. Em Jerusalém, um dos mais renomados pesquisadores do mundo foi brutalmente assassinado. Ele estudava há anos os misteriosos “Manuscritos do Mar Morto”quando seu corpo foi encontrado no Santuário do Livro, no Museu de Israel. Várias páginas dos antigos pergaminhos também desapareceram. Tudo isso aconteceu exatamente no momento em que o pesquisador afirmava ter decifrado a base da linguagem das famosas escrituras eque elas contêm valiosos segredos que o mundo não pode ignorar. Desconfiado que poderia ser assassinado por suas descobertas, ele as esconde. Para encontrá-las será preciso decifrar um engenhoso e enigmático quebra-cabeças com pistas envolvendo importantes dogmas da igreja, da arte e da história dos últimos dois mil anos, que poucos teriam capacidade de desvendar. Uma equipe de elite do FBI foi designadapara ajudar a solucionar o intrigante caso. Mas eles não fazem ideia da perigosa conspiração internacional nem das ocultas e poderosas forças políticas e religiosas envolvidas, comandadas por uma sociedade secreta milenar que fará de tudo para manter o sigilo desses misteriosos segredos. 

O senhor já escreveu outros livros de ficção e também livros técnicos. Qual foi a inspiração para escrever esta obra de agora?
Escrevi livros técnicos em minha área, a Radiologia. Um deles, inclusive, está para sair a sua terceira edição no início de 2021. Os outros romances apresentam um tema bem distinto desse, é uma trilogia de ficção medieval, “As Narrativas dos Ventos”. É um livro para um público bem mais específico. Os Pergaminhos de Malta é uma leitura mais eclética, para todos os gostos e idades, principalmente para quem gosta de romances com mistério, arte e fatos históricos.

Há planos para escrever e lançar novos livros?
Sim, seguindo esse mesmo tema, mas com foco na história envolvida na Segunda Guerra Mundial.

Quando o senhor percebeu que também tinha vocação para a literatura? Primeiro quis ser médico ou sempre teve desejo de ser escritor?
Sempre gostei muito de história e adoro a sétima arte. Já fiz alguns cursos de direção quando morava em São Paulo, mas apenas como hobby. Em 2017 pensei em escrever um romance medieval, pois é um tema que me fascina. Tudo começou com o primeiro livro da trilogia “As Narrativas dos Ventos”. Ele foi lançado na Bienal do Livro de São Paulo em 2018. Era para ser só um, mas como tinha muita coisa na cabeça, a coisa foi fluindo e acabou tornando-se uma trilogia. E cada livro com mais de 400 páginas…

O senhor escreveu o livro durante a pandemia? Foi uma forma encontrada para enfrentar o isolamento social?
A pandemia ajudou, sem dúvida. Pensava o que poderia fazer no isolamento proporcionado por ela e me veio à cabeça escrever outro livro. Mas queria algo diferente, que atingisse um público mais abrangente. Daí pensei em um enredo envolvendo temas que despertassem mais a curiosidade do leitor. Foi então que surgiu “Os Pergaminhos de Malta”, um romance que envolve mistério, história, arte e religião.

Como o senhor concilia o trabalho de médico com o de escritor? Qual lhe traz mais satisfação?
Já tenho mais de 20 anos de formado, adoro a medicina, mas acredito que a vida é curta e que possui ciclos… Já fui exclusivamente médico, depois médico e professor; hoje sou menos médico e mais professor e escritor… Vamos ver qual será o próximo ciclo… 

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