Autor: Aucélio Gusmão (Médico)

Veiculação: www.unimedjp.com.br

 

Vivemos tempos difíceis, todos sabem. A ambição desmedida, o afã de lucro fácil e pessoal, a falta de critério e atitude decorosa, onde o que importa são os fins, a impunidade, o cinismo com que deixam de cumprir obrigações, deforma certamente as regras do bom viver.

A ética foi deslocada pelo pragmatismo dos números. As comunicações mostram um verdadeiro espetáculo de variedades em torno da vida e da obra dos indivíduos que atingiram sucesso, sem questionar os meios utilizados para alcançá-lo. A fama, a admiração e o aplauso parecem patrimônio daqueles que obtiveram o êxito econômico, mesmo à margem da ética.

O que fazer? Tomar consciência é a condição prévia e necessária para poder assumir qualquer responsabilidade. Só podemos atuar sobre aquilo que temos consciência de sua existência.

Todo indivíduo que leva a cabo a tarefa de dirigir um agrupamento humano é um dirigente. Entretanto nem todo dirigente é um líder. Pode ser um chefe, ocupar formalmente cargo ou posição hierárquica e, em função disso, decidir e atuar sobre outras pessoas.

Ser líder vai além do formal. É dispor de um poder que os demais outorgam em sinal de reconhecimento a autoridade moral, que vem da credibilidade e da confiança que recebem e inspiram aos que o cercam.

O dirigente é antes de tudo um ser humano e, como tal pode não dissociar seus sentimentos, modo de pensar e atitudes, na vida privada e na sua ocupação social.  O dirigente reflete em sua atividade social o que ele é como indivíduo, sua personalidade.

Para que um processo de mudança seja verdadeiro é preciso começar por aqueles que a encabeçam, exatamente pelo fato de planejarem, decidirem e executarem as políticas organizacionais.

O fato de um indivíduo possuir integridade moral, bons sentimentos e atitudes positivas não supõe necessariamente que possam conduzir pessoas. Compõem a cena, contudo precisam conseguir entusiasmar e comprometer aqueles.

Imaginem assim: jamais manipulem a verdade. Quem pensa desse modo menospreza ou subestima seus semelhantes e não se da conta de que os números são a expressão quantitativa do trabalho das pessoas e que a qualidade do produto final, seja ele qual for, é o resultado da qualidade do trabalho, que, por sua vez, é o reflexo da qualidade profissional e humana daqueles que o executam.

São os tempos atuais e suas dificuldades.

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