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CRM-PB Entrevista: Dr Bruno Leandro de Souza

 

O Ministério da Saúde abriu inscrições para o cadastro voluntário de profissionais de saúde que queiram atuar na Terra Yanomami por meio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS). A reserva enfrenta uma crise sanitária e, por conta da desassistência aos indígenas, foi decretada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin).

 

O pediatra e diretor de fiscalização do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Bruno Leandro de Souza, é um dos médicos paraibanos cadastrado na FN-SUS e pode ser recrutado para a atual missão aos povos indígenas. Em dezembro do ano passado ele esteve em Boa Vista (RR), a convite do Conselho Regional de Medicina de Roraima e conheceu de perto o trabalho do Hospital da Criança Santo Antônio, adaptado a receber as crianças indígenas conforme a cultura de sua etnia.

 

Formado em Medicina pela Universidade Federal de campina Grande, residência em Pediatria pelo IMIP e mestre em Saúde Coletiva pela Unisantos, Bruno Leandro é também vice-presidente da Sociedade Paraibana de Pediatria e trabalha atualmente no Complexo de Pediatria Arlinda Marques e no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa.

 

Na entrevista a seguir, ele fala sobre a visita a Roraima, a importância do médico e do serviço de saúde estarem atentos às particularidades de cada etnia, além da construção de um roteiro específico para a saúde indígena que está sendo elaborado pelo CRM-PB e CRM-RR.

 

O Governo Federal decretou emergência de saúde pública na Terra Yanomami diante da desassistência aos indígenas. O sr já é voluntário da Força Nacional do SUS? Qual a importância de fazer parte desta assistência?

Sou voluntário da FN-SUS desde 2020 e tenho atualizado sempre meu cadastro. A FN-SUS é fundamental para recrutamento rápido de mão de obra qualificado em caso de emergência em saúde pública.

 

Em dezembro do ano passado o sr esteve em Boa Vista (RR), a convite do Conselho Regional de Medicina de Roraima para conhecer a assistência aos indígenas no Hospital da Criança Santo Antônio. Quais foram as suas impressões?

O hospital é bem estruturado e adaptado para receber indígenas. As crianças admitidas são acomodadas de acordo com sua etnia. Há etnias que preferem, por exemplo, repouso em leito em rede. Outras, entretanto, cama. Além disso, a alimentação é também adequada para cada grupo indígena.

 

Quais as particularidades dos povos indígenas que os médicos devem estar atentos no atendimento à saúde?

Há dezenas de etnias distintas e cada uma possui particularidades. O importante é acolher os pacientes com empatia, compreender e adaptar à cultura do paciente. Além disso, há incidências maiores de algumas doenças ou comorbidades a depender da tribo.

 

Na Paraíba há cerca de 30 mil indígenas, principalmente, nos municípios de Mamanguape, Baía da Traição, Rio Tinto e Marcação. A assistência à saúde destes povos é adequada, respeitando sua cultura?

Na Paraíba não há adaptação específica para a saúde indígena na rede hospitalar. Na atenção primária à saúde, que é realizada na comunidade, há maior aproximação da equipe de saúde com a cultura local.

 

O CRM-PB tem algum trabalho de fiscalização específico para a saúde indígena?

O CRM-PB e o CRM-RR trabalham junto na construção de um roteiro específico para a saúde indígena e faremos recomendações para adaptação e reestruturação dos serviços de saúde. Saúde é bem-estar integral. Mais que tratar doenças, temos que promover saúde. Portanto, acolhimento adequado é sinônimo de bem-estar e, portanto, faz parte da promoção de saúde.

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