Autor: Jorge Mitre (Presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo)

Veiculação: Site do CREMESP


Dias frios requerem preocupação constante com as doenças respiratórias, certo? Certo… Mas o que muita gente se esquece é que, além das gripes e resfriados, a maior concentração de poluentes causada pela inversão térmica favorece também o aparecimento da conjuntivite, uma inflamação da conjuntiva (membrana que reveste o “branco” do olho) e que pode causar alterações na córnea e nas pálpebras.

A conjuntivite pode ser provocada por reações alérgicas causadas por pólen, pêlos de animais, cloro de piscinas, poluição etc. Há também casos provocados por vírus e bactérias, quando então ela é contagiosa, exigindo alguns cuidados para que não seja transmitida a outras pessoas.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, Jorge Mitre, “lavar as mãos com freqüência, só usar lenços de papel descartáveis, suspender o uso de lentes de contato, separar toalhas e sabonetes e evitar contato direto com outras pessoas”, são atitudes simples mas capazes de evitar a contaminação.

Casos mais graves podem levar a úlceras de córnea, cuja cicatrização causa perda de sua transparência e a visão só é restabelecida com o transplante de córnea. Mas esses casos somente acontecem quando a conjuntivite não é tratada da maneira correta.

Sintomas

Os mais comuns são:

– vermelhidão (hiperemia), que acontece por causa da dilatação dos vasos sanguíneos
– inchaço (edema) dos olhos ou pálpebras, devido ao acúmulo de líquido no local
– lacrimejamento e uma secreção purulenta
– sensação de desconforto e ardor
– sensação de que há um “corpo estranho” dentro do olho, como se tivesse areia ou cisco

Tratamento

Aplicação de colírio prescrito pelo oftalmologista. Atenção: a prescrição médica é importante, pois cada tipo de conjuntivite (alérgica, bacteriana ou viral) exige um tratamento específico. Jamais se automedique!

Mitre também recomenda:

– não coce os olhos, pois o atrito das mãos pode agravar o processo inflamatório e aumentar o risco de contaminar outras pessoas
– utilize soro fisiológico ou água filtrada e lenços de papel descartáveis para a limpar os olhos
– aplique compressas geladas nos olhos, pois o frio local tem efeito vasoconstritor e analgésico, melhorando a vermelhidão (hiperemia) e o ardor
– utilize óculos escuros para minimizar o desconforto causado pela exposição à luz

Caso não haja melhora nas primeiras 48 horas ou se o olho começar a doer, é necessário que o paciente retorne ao oftalmologista: “é possível que a infecção tenha se estendido para a córnea, o que pode causar sérias ceratites, muitas vezes com prejuízos graves à visão”, alerta o especialista.

Fonte: Hospital de Olhos de São Paulo

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