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Autor: Orniudo Fernandes (Médico clínico-infectologista, CRM-PB Nº 1396) – orniudo@oul.com.br

Veiculação: www.obeabadosertao.com.br


O herpes-zoster, conhecido pela denominação de cobreiro ou zona, é uma doença causada por vírus, o mesmo que produz a varicela(catapora). O quadro clínico é caracterizado por aparecimento de lesões na pele, manchas avermelhadas que evoluem para vesículas ou pequenas bolhas com líquido claro no seu interior, situadas em trajetos de nervos sensitivos.

As erupções cutâneas são quase sempre unilaterais, acometendo uma região determinada do corpo, com localização mais freqüente no tórax, cerca de 50% dos casos.

A dor é a primeira manifestação do quadro, de intensidade variada desde a sensação dolorosa, até dor intensa e lancinante, permanente ou intermitente. Dormência, sensação de formigamento, prurido(coceira), ou ardor no local, são queixas comuns e freqüentes; estes sintomas surgem geralmente, um a sete dias antecedendo a eclosão das lesões.

Manifestações gerais como febre moderada, mal-estar e dor de cabeça, estão presentes em 5% dos casos, um a dois dias antes do aparecimento das lesões da pele.

O herpes-zoster é geralmente uma doença benigna nas crianças. Ocorre com maior freqüência nos adultos, sobretudo, nos indivíduos comprometidos, portadores de doenças crônicas, AIDS, neoplasias malignas, diabetes e outras situações clínicas, uso prolongado de corticóides, quimioterapia e radioterapia.

O contágio acontece de pessoa a pessoa, pelo contato direto ou através de secreções respiratórias e, raramente pelo contato com as lesões. Pode ainda ser transmitida indiretamente através de objetos contaminados com as secreções das lesões vesiculares da pele.

Excepcionalmente, há indivíduo que adquire herpes-zoster após contato com doente com varicela(catapora), ocorrendo também, a possibilidade de uma criança apresentar varicela(catapora) após contato com doente com herpes-zoster.

O tratamento na maioria dos casos pode ser domiciliar, somente os doentes graves devem ser internados. O uso do aciclovir precocemente, de preferência nas primeiras 72 horas da doença, contribui para a redução do aparecimento das lesões, com atenuação dos demais sintomas, e, sobretudo, diminuindo o risco da nevralgia pós-herpética; devendo ser administrado durante 7 dias. Outras drogas antivirais podem ser utilizadas: valaciclovir e fanciclovir.

Pacientes idosos podem ficar sentindo dor intensa após a regressão das lesões da pele, durante um longo período, necessitando de acompanhamento médico, para administração de analgésicos e antidepressivos. Em alguns casos, o apoio de um psicólogo é muito importante para a recuperação plena.

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