Por Suenia Timótheo Figueiredo Leal

CRM: 8086-PB

PEDIATRIA – RQE Nº: 5768

Neurologia Pediátrica – RQE Nº: 5769

 

TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dois critérios: dificuldades de comunicação e interação social, assim como pela presença de comportamentos e interesses repetitivos ou restritos.

 

As crianças podem apresentar atrasos desde os primeiros meses de vida ou ter desenvolvimento normal até cerca de dois anos de idade com regressão do desenvolvimento após essa idade.

 

Desde os primeiros meses de vida, o bebê já pode demonstrar alguns sinais que podem indicar TEA. Assim, ficar atento a pequenos gestos podem revelar a necessidade de uma maior atenção às atitudes desta criança. São eles:

🧩 Dificuldade de fixação do olhar no rosto materno

🧩 Indiferença ao colo dos pais ou mais próximos

🧩 Ausência de atenção ao compartilhar estímulos

🧩 Pouca resposta a estímulos dos outros

🧩 Não desenvolvimento de sons de balbucios apropriados para idade

🧩 Desinteresse social: prefere objetos ou coisas ou espaços isolados

🧩 Brinca estranho e sozinha, sem se envolver com os outros

🧩 Dificuldade na interação com pessoas e preferências por objetos

🧩 Comportamentos repetitivos

🧩 Não atende pelo nome

 

Esses sinais podem ajudar a família e ao pediatra geral, a antecipar a descoberta do autismo em bebês e iniciar as terapias precoce para permitir o progresso do neurodesenvolvimento. Cerca de 60% dos casos apresentam sinais de TEA já ao nascer, por isso a importância de ficar alerta todas as pessoas que convivem com os bebês.

 

É preciso entender que a criança não precisa apresentar todos os indícios para levantarmos a suspeita. Basta a criança ter alguns indícios desses sinais de atraso do neurodesenvolvimento para já ser indicada a avaliação médica especializada (neuropediatra ou psiquiatra infantil)  que irá avaliar o tipo de acompanhamento com equipe Multidisciplinar (pediatra, psiquiatra infantil, neurologista infantil, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, psicopedagogo, fisioterapeuta e escola), para que a investigação diagnóstica e os tratamentos reconhecidamente eficazes sejam instituídos rapidamente.

 

Não é necessário fechar diagnóstico de certeza para iniciar as terapias. Na suspeita já deve-se ir instituindo o tratamento multiprofissional para estímulo adequado de acordo com a idade! E se caso após for descartado a possibilidade, sem problemas, afinal, estímulo correto nunca é demais!

 

O início da terapia precoce (antes dos 3 anos) garante utilizarmos da neuroplasticidade cerebral para maior com formação e remodelamento de redes neuronais estáveis, o que permite uma significativa melhoria no desenvolvimento infantil e na qualidade de vida da criança para sua autonomia e de sua família, sendo o acompanhamento médico neuropediátrico periódico essencial nessa evolução.

 

O diagnóstico do Autismo é clínico. Ele só é possível por meio da observação direta do comportamento.

 

Não existe cura para o autismo. Então, uma vez dado diagnóstico, ele é definitivo. Por isso deve ser feito de modo muito criterioso.

 

Quando o diagnóstico é definitivo, o médico especialista deve acolher a família, tirando suas dúvidas, explicar os tratamentos mais adequados e eficazes, escolher uma equipe confiável, informar sobre a importância do envolvimento da família no processo terapêutico e a forma correta de inclusão escolar, bem como investigar outras condições que podem causar o autismo.

 

Qualquer indício de atrasos, procurar ajuda adequada baseada na ciência é a maior forma de amor que você pode dar para a criança.

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