Por Ana Thereza Uchoa
CRM: 4986-PB
Mastologia – RQE Nº: 2843
Ginecologia e obstetrícia – RQE Nº: 3336

 

O número de casos novos de câncer de mama vem aumentando a cada ano, e em 2023 mais de 70.000 brasileiras serão acometidas pela doença. A prevenção é, portanto, secundária e consiste no diagnóstico precoce, possibilitando maior chance de cura. As pesquisas clínicas em oncologia andam a passos largos resultando em tratamentos mais eficazes na batalha contra o câncer de mama. Chegamos à era da medicina de precisão, aliando dados tradicionalmente utilizados para diagnóstico e tratamento, tais como sinais, sintomas, antecedentes familiares e exames complementares, ao perfil genético de cada pessoa, tornando o tratamento oncológico mais preciso e totalmente individualizado.

 

Em câncer de mama, o arsenal terapêutico é variado, envolvendo cirurgia, terapia sistêmica e radioterapia. As cirurgias são minimamente invasivas e associam técnicas de oncoplastia, aliando segurança oncológica e benefício estético, além de melhor recuperação pós-operatória.

 

A terapia sistêmica refere-se à quimioterapia individualizada, imunoterapia, anticorpos, terapia alvo e endocrinoterapia. A imunoterapia tem como fundamento identificar os inibidores de checkpoints imunológicos, aumentando a resposta imunológica contra as células cancerígenas.

 

Os anticorpos resultaram do entendimento dos mecanismos moleculares do desenvolvimento do câncer, atuando como drogas alvo-específicas que interferem nas vias de sinalização intracelular, evitando a multiplicação das células neoplásicas e a sua disseminação. A endocrinoterapia baseia-se no conceito de que alguns tumores expressam receptores hormonais e, portanto, devem ser bloqueados.

 

A radioterapia avançou e atualmente esquemas de hipofracionamento, no qual menor número de sessões são realizadas, garantem a eficácia do tratamento e redução dos efeitos colaterais, com excelente controle local da doença. As assinaturas genéticas do câncer de mama auxiliam na seleção de pacientes que tem maior probabilidade de responder satisfatoriamente a um determinado tratamento, evitando terapias desnecessárias e sua toxicidade, além de identificar pacientes com maior risco de recorrência da doença, permitindo intervenção terapêutica mais intensa.

 

Por último, os testes genéticos, inseridos no contexto do aconselhamento genético, identificam pacientes portadoras de variante patogênica, para a qual estratégias cirúrgicas e de quimioterapia são incorporadas no planejamento terapêutico.

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