Por Dra. Conceição de Maria Queiroz Fernandes de Almeida
CRM 4541-PB
Pediatria – RQE Nº: 3045

O Ambulatório de Atendimento às Vítimas de Violência e Acidentes (Amviva) é um serviço que funciona no ambulatório do Complexo Pediátrico Arlinda Marques desde o ano de 2009. Trata-se, portanto, de atendimento ambulatorial, multidisciplinar a crianças e adolescentes vítima de violências e acidentes. O atendimento da equipe realiza-se de forma humanizada e centralizada na criança/adolescente, desenvolvendo ações para minimizar o sofrimento desse segmento etário, promovendo cuidados em saúde, na perspectiva do fortalecimento da sua autoestima, e do restabelecimento de seu direito à convivência familiar e comunitária em condições dignas de vida e possibilitando a superação da situação de violação de direitos.

Conta com uma equipe multidisciplinar formada por pediatra, ginecologista, assistentes sociais e psicólogas. Atualmente 133 crianças e adolescentes encontram-se em acompanhamento no serviço.

O Hospital Arlinda Marques é referência para o atendimento de urgência em casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, sendo feito profilaxia de HIV, hepatite B e ISTs não virais, além de contracepção de emergência. É importante que a criança receba esse atendimento nas primeiras 72h para o início das medicações. Esse atendimento inicial acontece na urgência do hospital e depois a criança é encaminhada para seguimento no AMVIVA.

Seguindo o disposto na Lei da Escuta Protegida no 13.431/2017, foi assinado um termo de cooperação técnica entre a Secretaria de Segurança e Defesa Social, Secretaria de Saúde do Estado, Secretaria de Desenvolvimento Humano e Ministério Público e em fevereiro de 2021 foi implantado o Centro de Atendimento Integrado à Criança e Adolescente Vítima de Violência (CAI) que funciona também no ambulatório do Arlinda Marques.

O serviço realiza o atendimento de todas as crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, física, psicológica e institucional do estado da Paraíba e é acionado através do Conselho Tutelar do município onde a criança/adolescente reside.
Durante o atendimento, é realizada uma escuta especializada com a criança ou adolescente por um psicólogo. O responsável ou o conselheiro tutelar é ouvido por um assistente social. Diante da suspeita, a vítima recebe atendimento médico imediato e medicação para profilaxia por suspeita de contágio de DST’s, em até 72h, se necessário.

Após, o responsável ou conselheiro tutelar registra boletim de ocorrência no mesmo local e a criança/adolescente realiza as perícias físicas e psíquicas pelo IPC, sendo encaminhado posteriormente para a rede de proteção (Conselho Tutelar, Assistência social, Rede de Saúde e outros) do seu município.
O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, dentro do Hospital Arlinda Marques.

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