O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou no dia 27/09, em Salvador (BA), a campanha publicitária que visa incentivar a doação de órgãos para transplantes no Brasil. A solenidade contará com a presença do bebê Matheus Bitencourt Lazaretti, de apenas um ano e cinco meses, recuperado de uma cardiopatia congênita aos sete meses, graças a um coração doado. Matheus será a estrela da campanha deste ano. Na solenidade, Temporão entregará o prêmio Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos 2007 à pneumologista Cláudia Botelho e a José Ribamar Tavares Filho, transplantados de coração e fígado, respectivamente. Walter Duro Garcia, também médico, receberá o prêmio pela dedicação ao segmento da educação e motivação para os transplantes. O Centro de Atendimento Integrado e de Despacho (Caid), da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, também será homegeado. O tema da campanha deste ano é Não deixe escapar das suas mãos a oportunidade de salvar vidas: doe órgãos, doe vida. A campanha será exibida pelas emissoras de tevê e rádios e cinemas e ficará no ar até o dia 07 de outubro. O objetivo da campanha é sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos e tecidos e os profissionais de saúde para a necessidade da notificação de morte encefálica. Se a morte encefálica não é comunicada à central de transplante, a retirada do órgão se inviabiliza. Histórico e produção Entre 2001 e junho de 2007, foram realizados 87.444 transplantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, outros 71.152 brasileiros continuam na fila de espera de doação de órgãos para transplante. Vinte e cinco dos 27 estados brasileiros dispõem de Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNDCO). De acordo com levantamento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, apenas 28,25% das famílias com potenciais doadores em morte encefálica no Brasil são contrárias à doação. Esse percentual é menor que a média aceitável pela literatura científica internacional, por volta de 33%. O programa de transplantes do SUS é o segundo maior do mundo, superado apenas pelo da Espanha. Embora jovem – tem menos de uma década de funcionamento – o programa tem passado por mudanças que o diferenciam na qualidade, em relação aos demais países que oferecem esse tipo de assistência médica gratuita. No ano passado, por exemplo, houve mudança no critério da fila para transplante de fígado, passando de cronológico para o de gravidade reduzindo, assim, o tempo de espera dos pacientes que precisavam com mais urgência do transplante. Entre janeiro de 2006 e junho de 2007, foram realizados 1.408 transplantes de fígado. Apenas Tocantins e Roraima ainda não dispõem de Centrais de Transplantes. Em todo o país, o SUS conta com 1.335 equipes preparadas para fazer essa cirurgia de alta complexidade, 925 hospitais autorizados a realizar os enxertos, 170 hospitais aptos a captar e fazer busca ativa de órgãos e tecidos, e 58 laboratórios para realizar os exames que ajudarão a evitar a rejeição do órgão (histocompatibilidade). Também tem 34 bancos de olhos, seis de tecidos músculoesqueléticos, um de válvulas cardíacas e um de pele. Em 2006, o SUS teve uma despesa total de R$ 464,8 milhões com transplantes, sendo R$ 278,5 milhões com a aquisição dos medicamentos para evitar a rejeição dos órgãos transplantados, os imunossurpressores. TRANSPLANTES REALIZADOS EM 2006 E NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2007 Em 2006, foram realizados pelo SUS 15.675 transplantes, sendo 919 de medula óssea, 10.382 de córnea e 4.374 de órgãos sólidos (rim, fígado, coração, pâncreas, pulmão). No primeiro semestre de 2007, foram realizados 7.661 transplantes, sendo 620 de medula óssea, 4.989 de córnea e 2.052 de órgãos sólidos. LISTA DE ESPERA Existem no Brasil 71.152 pacientes em lista de espera para transplante, sendo 42.282 para órgãos sólidos, 26.793 para córnea e 2.063 para medula óssea. Coração 335 Córnea 26807 Fígado 7036 Pâncreas 167 Pulmão 135 Rim 34098 Rim e Pâncreas conjugados (duplo) 511 Medula Óssea 2063 Agência Saúde

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