ministro da Saúde, Agenor Álvares, o secretário de Educação, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, Ricardo Henriques, e o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, apresentaram, hoje, (6) os resultados da pesquisa “Saúde e Prevenção: cenários para a cultura de prevenção nas escolas”. O estudo mostrou a aceitação de pais, alunos e professores à disponibilização do preservativo associada às atividades educativas do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas. “A pesquisa revela que a maioria dos entrevistados concorda com a ação direta do governo que garante acesso aos preservativos e com o programa de educação sexual”, comemorou o ministro Agenor Álvares. Ele enfatizou que a aids e a gravidez na adolescência “são problemas graves de saúde pública”. E acrescentou: “a política pública não pode ser omissa”. A pesquisa, realizada pela Unesco no Brasil, mostrou que a disponibilização do preservativo no ambiente escolar é considerada “uma idéia legal” para 89,5% dos estudantes e 63% dos pais. Apenas 5,1% dos alunos, 6,7% dos professores e 12,0% dos pais pesquisados acham que essa “não é função da escola”. O estudo avaliou o projeto em 135 escolas públicas entre maio e julho de 2005. Os resultados servirão como subsídios para aperfeiçoar o projeto, além de confirmar mudanças que já ocorreram em 2006. A disponibilização do preservativo em escolas participantes do SPE é feita nos estabelecimentos de ensino onde já existem atividades educativas relacionadas a um projeto pedagógico que inclui cursos, oficinas, palestras sobre saúde sexual e saúde reprodutiva e quando há consenso da comunidade escolar (pais, alunos, professores e direção) quanto à oferta do insumo. A pesquisa confirmou que os pais se tornam grandes aliados às atividades desenvolvidas nas escolas públicas que aderiram ao projeto e afirmam “ter intensificado o diálogo com os filhos e ampliado a discussão e as informações sobre prevenção”, afirmaram 56% dos pais entrevistados. Realizada em 33 localidades do país, de 14 estados, a pesquisa empregou técnicas quantitativa e qualitativa em 135 escolas da rede pública de ensino. O universo expandido de alunos pesquisados é de 102 mil estudantes e foram realizados 68 grupos focais em seis capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, João Pessoa, Rio Branco e Curitiba. Além das escolas que integram o SPE, também foram pesquisadas escolas com características gerais semelhantes e que não participam do projeto. O estudo revelou que 44,7% dos estudantes têm vida sexual ativa. Em relação ao preservativo, 60,9% dos estudantes declaram ter usado o insumo na primeira relação sexual e 69,7% fizeram uso na última relação. O principal motivo alegado por 42,7% dos estudantes para não usar o preservativo é não tê-lo na hora “H” e 9,7% deles declararam que não têm dinheiro para comprá-lo. Na pesquisa qualitativa, os pesquisados declararam que a temática das DST e aids e gravidez passaram a ser mais discutidas, tanto entre professores e estudantes como entre estudantes e seus pais. Entre os resultados apontados espontaneamente pelos entrevistados estão adolescentes e jovens mais informados, sensibilizados e conscientes. Eles também consideram que temas ligados à sexualidade passaram a ser tratados “com mais naturalidade, sem mitos, sem brincadeiras”; além de verem reduzidos preconceitos, tabus e discriminação em relação aos portadores do vírus HIV e aos indivíduos de diferentes orientações sexuais. Os pesquisados sentiram maior interesse em participar das atividades e desprendimento na busca por esclarecimentos e pelo preservativo. A formação de estudantes em agentes multiplicadores de informações e de ações de prevenção proporcionou um aumento da auto-estima dos adolescentes e jovens, fazendo com que se sentissem importantes e valorizados, de acordo com as percepções deles registradas pelos pesquisadores. Na comparação entre escolas que aderiram ao SPE e escolas que não desenvolvem ações regulares de educação sexual e educação reprodutiva percebe-se que, nas primeiras, professores de diferentes matérias discutem e orientam os estudantes (46,1%). Nas demais escolas, a discussão dos temas acontece somente durante as aulas de ciências  apenas 25,4% dos professores de outras matérias dessas escolas afirmam dar aulas sobre educação sexual e educação reprodutiva. Outra diferença entre os dois grupos de escolas é com relação à freqüência de realização das atividades de educação preventiva, que é maior nas escolas que aderiram ao SPE do que nas escolas que não aderiram. Nas escolas do SPE, a realização das atividades é, geralmente, diária, quinzenal ou bimestral, enquanto que nas outras escolas elas acontecem uma ou duas vezes ao ano. O debate dos temas também é mais freqüente nas escolas do SPE (23,9%) que nas outras (18,9%). Histórico Desde 1995, quando foi criado o Projeto Escolas, o Governo Federal promove ações relacionadas às DST/Aids em escolas. Em 2003, foi lançado o projeto Saúde e Prevenção nas Escolas com o objetivo de reduzir a vulnerabilidade dos jovens e adolescentes às DSTs, à infecção pelo HIV, à aids e à gravidez precoce, como resposta a estudos que mostram a exposição da população com idades entre 13 e 19 anos a todos esses eventos. A iniciativa trabalha a inclusão, na educação de jovens das escolas públicas, dos temas saúde reprodutiva e sexual – tendo com principais elementos a educação preventiva e formação de consciência crítica de forma interdisciplinar. O SPE reúne ações que envolvem a participação de adolescentes e jovens (de 13 a 24 anos), professores, diretores de escolas, pais dos alunos, e gestores municipais e estaduais de saúde e educação. O projeto é o resultado de uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST e Aids, e da Educação, com o apoio da Unesco no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação e Ciência e a Cultura), e do Unicef no Brasil (Fundo das Nações Unidas para a Infância). A pesquisa apresentada nesta terça-feira (6/2) foi financiada com recursos do Programa Nacional de DST e Aids. Agência Saúde Mais informações Assessoria de Imprensa do Programa Nacional de DST/Aids Tel.: (61) 3448-8100 / 3448-8088 E-mail: imprensa@aids.gov.br Portal: www.aids.gov.br

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