Ainda que os gastos com saúde representem parcela semelhante das despesas de pobres e ricos, os mais pobres gastam mais com remédios e os mais ricos têm despesa maior com plano de saúde. Do total gasto com saúde, o peso de medicamentos era de 74,2% entre os 40% mais pobres e só de 33,6% para aqueles que estavam no topo da pirâmide – os 10% mais ricos. Já o plano de saúde tinha participação de apenas 7% no orçamento daqueles na base dos rendimentos, contra 42,3% para os mais ricos.

 Ao todo, as despesas com saúde representavam 7,2% do orçamento do brasileiro em 2008-2009, pouco acima dos 7% de 2002-2003 e num nível de despesa inferior a gastos com habitação, alimentação e transporte, por exemplo.

 Em valor, os desembolsos médios com saúde ficaram em R$ 153,81 no país. A cifra no Sudeste chegou a R$ 198,89. No Norte e Nordeste, se situaram em R$ 82,22 e R$ 93,15, respectivamente.

 Os dados mostram ainda que os remédios e os planos ganharam participação na “conta-saúde” entre 2002-2003 e 2008-2009, em detrimentos aos hospitais e aos médicos particulares e dentistas.

 Segundo o IBGE, o peso dos remédios nas despesas subiu de 44,9% para 48,6% e o dos planos, de 25,9% para 29,8%. Proporcionalmente, a maior perda foi do item consulta e tratamento dentário – de 9,3% em 2002-2003 para 4,7% em 2008-2009.

 De acordo com o IBGE, a difusão de planos de saúde e dentários fez cair o peso dos dentistas particulares.

 PB tem maior índice do NE

 Os gastos com remédios entre os paraibanos correspondem a 62,4% dos gastos com saúde, o maior índice entre os estados do Nordeste. Em seguida estão as despesas com plano ou seguro de saúde (21,1%). Já o item hospitalização apresentou o menor percentual (0,1%). Para o IBGE, isto é resultado do crescimento, nos últimos anos, do número de famílias que têm planos ou seguro saúde e do atendimento pelo serviço público.

A pesquisa também relacionou o gasto de viagens com o motivo do deslocamento. Na Paraíba, as despesas mais frequentes são nas viagens lazer, recreio e férias (28,4%), seguido por negócios e motivos profissionais (23,3%) e visita a parentes e amigos (20,1%). Com relação a tratamentos médicos o índice foi de 10,4%.

Os dados locais da POF também apontam que do total dos domicílios que tinhan água encanada (92,2%), 19,6% dispunham de uma ou mais fontes de aquecimento. A energia elétrica representou, nesses casos, a principal fonte de aquecimento (13,5%), seguida do gás (6,1%).

Em 13,4% dos domicílios pesquisados pela o lixo era separado em material biodegradável e não degradável. Entretanto, em apenas 31,1% dos domicílios com lixo separado, este tinha como finalidade atender à coleta seletiva. Porém, quanto ao destino do lixo, em 70,6% dos domicílios a coleta era feita de forma direta, 6,7% de forma indireta e 22,7% era queimado ou tinha outro destino, principalmente nas áreas rurais.

No País, foi constatado que 29% do lixo do país era separado. Desse total, porém, apenas 40% ia para o serviço de coleta seletiva. Ou seja, 60% do material era descartado como lixo comum.

Despesas com deslocamento

Em suas viagens, os brasileiros gastam mais com o deslocamento e com a alimentação durante a estadia do que com o alojamento. É o que mostra a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As despesas com transporte (aéreo, rodoviário etc) correspondiam a 48,6% do gasto total com viagens esporádicas –aquelas que não fazem parte da rotina diária. O percentual superou as despesas com alojamento (11,6%).

A cifra também foi menor do que com hotéis e afins (22,6%) e do que o gasto com pacotes turísticos (12,8%), segundo os dados de 2008-2009 do IBGE. 

O gasto médio do brasileiro com viagens era de R$ 50,16. Desse total, quase metade era destinado à compra de passagens ou despesas com o veículo próprio: R$ 24,44.

 O principal motivo das viagens era lazer e férias (37,9%), seguido por visita a parentes e amigos (22,3%), negócios (15,8%) e tratamentos médicos (8%). Foi a primeira vez que o tema foi pesquisado pela POF, pesquisa que mede o padrão e o perfil de despesas do brasileiros.

 Regiões

 Regionalmente, os moradores do Sul eram os que mais viajavam de férias: 44% do total de deslocamentos. No Sudeste, esse percentual era um pouco inferior. Já no Norte, correspondia a 27%, menor marca dentre as regiões.

Por outro lado, o Norte tinha a maior frequência de viagens de negócios (26,7%), motivo apresentado por apenas 12% dos viajantes do Sudeste.

Fonte: Portal Correio

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