CRM-PB Entrevista: Dr Jaime Emanuel Brito Araújo

O crescente número de casos de infecções pelo coronavírus e pela Influenza A tem preocupado médicos, sociedades de especialidades médicas e o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB). A maior transmissibilidade da variante ômicron, a circulação comunitária da cepa H3N2 Darwin da Influenza e o relaxamento das medidas restritivas são apontadas pelo presidente da Sociedade de Infectologia da Paraíba, Jaime Araújo, como as principais causas deste aumento.

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em 2014, Residência Médica em Infectologia no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), pós graduação em Medicina Intensiva pela Faculdade Redentor/Amib e cursando o Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Cariri, Jaime Araújo preside a Sociedade de Infectologia da Paraíba desde o ano passado. Atualmente também é coordenador do Serviço de Infectologia e Supervisor do Programa de Residência Médica em Infectologia do HUAC e professor do campus de Cajazeiras da UFCG.

Na entrevista a seguir, além do aumento dos casos de covid, ele fala sobre a importância das vacinas, da redução do número de óbitos por covid por conta da imunização e da necessidade de se manter os hábitos de prevenção, como o uso correto de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos. “A pandemia ainda não acabou. Vacinem-se e completem seus esquemas vacinais. Protejam a si e a todos”, ressalta.

Desde dezembro temos visto um crescente número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Quais os principais fatores deste aumento?
De fato vemos um aumento vertiginoso dos casos de covid-19, ao mesmo tempo que estamos com circulação comunitária e crescente da Influenza A, cepa H3N2 Darwin e outros subtipos. O crescente número de casos de ambos se deve principalmente às características de maior transmissibilidade da variante ômicron, já dominante em nosso país, no caso da covid; e ao fato de a vacina atual para Influenza não cobrir especificamente a variante H3N2 Darwin, o que resulta em torná-la mais transmissível. Tais fatos, aliados ao relaxamento das medidas restritivas e ao abandono dos hábitos de prevenção (uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos) nas últimas semanas, contribuíram para uma transmissão desenfreada de ambos os virus, que possuem transmissão eminentemente respiratória, como já sabemos.

Apesar do crescente número de casos de covid, temos visto menos óbitos. Por que?
Tudo isso é reflexo da vacinação, que caminha para taxas elevadas em nossa população! A vacinação é a forma mais eficaz de frear a contaminação, pois vacinados tendem a ter menor carga viral, logo eliminando o vírus por menos tempo e consequentemente contaminando menos pessoas. Tanto é que o Ministério da Saúde, embasado nos critérios do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano, conseguiu reduzir o tempo de isolamento dos casos confirmados de covid leve na maioria dos casos, sob alguns critérios. Além disso, com a vacinação, evita-se o surgimento de novas variantes e também a ocorrência de casos graves e óbitos, fim maior e tradicional das vacinas.

O sr tem observado esse aumento de hospitalizações por SRAG nas unidades de saúde em que trabalha? A maioria são de não vacinados e de esquema vacinal incompleto contra a covid?
Sim, temos observado este fato, sendo predominante a sua ocorrência em pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto, semelhante ao observado em várias partes do mundo, corroborando a elevada capacidade das vacinas em garantir proteção contra o desenvolvimento de casos graves quando aplicadas de forma correta.

O que o sr tem a dizer à população que não segue mais as medidas sanitárias de prevenção ao coronavírus?
A pandemia ainda não acabou! Fazemos um apelo a tais pessoas que se vacinem e completem seus esquemas vacinais. Não é o momento de abandonarmos as medidas preventivas! Aquelas medidas de prevenção comprovadamente eficazes, como distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos, concorrem para a redução da circulação do vírus. Ainda que tenha havido queda vertiginosa nos números, pessoas continuam morrendo! Protejam a si e a todos!

Qual a recomendação da Sociedade de Infectologia da Paraíba sobre a vacinação contra a covid para adultos, adolescentes e crianças?
A Sociedade da Infectologia da Paraíba, enquanto federada da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e apoiando incondicionalmente as orientações desta, incentiva a vacinação em todas as faixas etárias para as quais as vacinas já foram aprovadas até agora.

dr. jaime arajoCRM-PB Entrevista: Dr Jaime Emanuel Brito Araújo

O crescente número de casos de infecções pelo coronavírus e pela Influenza A tem preocupado médicos, sociedades de especialidades médicas e o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB). A maior transmissibilidade da variante ômicron, a circulação comunitária da cepa H3N2 Darwin da Influenza e o relaxamento das medidas restritivas são apontadas pelo presidente da Sociedade de Infectologia da Paraíba, Jaime Araújo, como as principais causas deste aumento.

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em 2014, Residência Médica em Infectologia no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), pós graduação em Medicina Intensiva pela Faculdade Redentor/Amib e cursando o Mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Cariri, Jaime Araújo preside a Sociedade de Infectologia da Paraíba desde o ano passado. Atualmente também é coordenador do Serviço de Infectologia e Supervisor do Programa de Residência Médica em Infectologia do HUAC e professor do campus de Cajazeiras da UFCG.

Na entrevista a seguir, além do aumento dos casos de covid, ele fala sobre a importância das vacinas, da redução do número de óbitos por covid por conta da imunização e da necessidade de se manter os hábitos de prevenção, como o uso correto de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos. “A pandemia ainda não acabou. Vacinem-se e completem seus esquemas vacinais. Protejam a si e a todos”, ressalta.

Desde dezembro temos visto um crescente número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Quais os principais fatores deste aumento?
De fato vemos um aumento vertiginoso dos casos de covid-19, ao mesmo tempo que estamos com circulação comunitária e crescente da Influenza A, cepa H3N2 Darwin e outros subtipos. O crescente número de casos de ambos se deve principalmente às características de maior transmissibilidade da variante ômicron, já dominante em nosso país, no caso da covid; e ao fato de a vacina atual para Influenza não cobrir especificamente a variante H3N2 Darwin, o que resulta em torná-la mais transmissível. Tais fatos, aliados ao relaxamento das medidas restritivas e ao abandono dos hábitos de prevenção (uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos) nas últimas semanas, contribuíram para uma transmissão desenfreada de ambos os virus, que possuem transmissão eminentemente respiratória, como já sabemos.

Apesar do crescente número de casos de covid, temos visto menos óbitos. Por que?
Tudo isso é reflexo da vacinação, que caminha para taxas elevadas em nossa população! A vacinação é a forma mais eficaz de frear a contaminação, pois vacinados tendem a ter menor carga viral, logo eliminando o vírus por menos tempo e consequentemente contaminando menos pessoas. Tanto é que o Ministério da Saúde, embasado nos critérios do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano, conseguiu reduzir o tempo de isolamento dos casos confirmados de covid leve na maioria dos casos, sob alguns critérios. Além disso, com a vacinação, evita-se o surgimento de novas variantes e também a ocorrência de casos graves e óbitos, fim maior e tradicional das vacinas.

O sr tem observado esse aumento de hospitalizações por SRAG nas unidades de saúde em que trabalha? A maioria são de não vacinados e de esquema vacinal incompleto contra a covid?
Sim, temos observado este fato, sendo predominante a sua ocorrência em pacientes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto, semelhante ao observado em várias partes do mundo, corroborando a elevada capacidade das vacinas em garantir proteção contra o desenvolvimento de casos graves quando aplicadas de forma correta.

O que o sr tem a dizer à população que não segue mais as medidas sanitárias de prevenção ao coronavírus?
A pandemia ainda não acabou! Fazemos um apelo a tais pessoas que se vacinem e completem seus esquemas vacinais. Não é o momento de abandonarmos as medidas preventivas! Aquelas medidas de prevenção comprovadamente eficazes, como distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos, concorrem para a redução da circulação do vírus. Ainda que tenha havido queda vertiginosa nos números, pessoas continuam morrendo! Protejam a si e a todos!

Qual a recomendação da Sociedade de Infectologia da Paraíba sobre a vacinação contra a covid para adultos, adolescentes e crianças?
A Sociedade da Infectologia da Paraíba, enquanto federada da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e apoiando incondicionalmente as orientações desta, incentiva a vacinação em todas as faixas etárias para as quais as vacinas já foram aprovadas até agora.

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