Durante a Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida  – 25 a 31 de março – o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 Conselhos Regionais retomam campanha que chama atenção dos médicos para o problema do desaparecimento de menores.

 

A campanha pede o engajamento dos 370 mil médicos do Brasil na busca de crianças desaparecidas. Cartazes com esclarecimentos estão sendo afixados nos postos de saúde e hospitais de todo Brasil (veja as orientações abaixo). A campanha chama atenção da sociedade e dos médicos para o grande problema do desaparecimento.

 

Em Pernambuco,  o Conselho Regional participou de ato público e do lançamento de lei que prevê a emissão de certidão de nascimento nas maternidades.

 

Os Conselhos possuem uma Comissão permanente (Comissão de Ações Sociais) para trabalharem este tipo de problema social. “A luta pelas crianças desaparecidas requer trabalho integrado”, destacou o vice-presidente do CFM, Carlos Vital Lima.

 

Números – Fugas do lar representam 76% dos casos de desaparecimentos de crianças em todo o mundo. E desse total, 80% são casos de reincidência, as chamadas “fugas crônicas”. Somente 9% dos casos de desaparecimento de crianças estão ligados a pessoas estranhas. Os dados são do Centro Internacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (Icmec).

 

Anualmente, são registrados no Brasil 40 mil desaparecimentos de crianças. De acordo com especialistas, 70% dos desaparecidos fogem de casa por problemas domésticos e cerca de 15% nunca mais reencontrarão suas famílias.

 

Um dos membros da Comissão de Ações Sociais do CFM, Ricardo Paiva, lamenta que as famílias enfrentem resistência das autoridades quando precisam registrar o desaparecimento de um filho. Ele explica que muitas delegacias de polícia só abrem um boletim de ocorrência após 72 horas de ausência da criança. “Precisamos popularizar que no Brasil, a Lei N° 11.259, de 30 de dezembro de 2005, estabelece que, ao registrar o boletim de ocorrência, as delegacias devem iniciar imediatamente as buscas, contatando portos, aeroportos e terminais rodoviários”.

 

Divulgação – Além dos cartazes, o CFM hospeda uma página eletrônica que traz informações para pais e médicos sobre a questão (http://flavors.me/medicinaecriancasdesaparecidas). As informações também são encaminhadas mensalmente por meios eletrônicos aos 370 mil médicos do país.

 

O CFM disponibiliza ainda no site oficial da entidade – www.portalmedico.org.br – um banner da campanha, que também dá acesso ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (www.desaparecidos.mj.gov.br). O objetivo da iniciativa é ampliar um esforço coletivo e de âmbito nacional, para a busca e localização de crianças, adolescentes e adultos.

 

 

ORIENTAÇÕES PARA OS MÉDICOS

 

Ao atender uma criança, fique atento aos seguintes procedimentos: 1 – Peça a documentação do acompanhante. A criança deve estar acompanhada dos pais, avós, irmão ou parente próximo. Caso contrário, pergunte se a pessoa tem autorização por escrito

 

2 – Procure conhecer os antecedentes da criança. Desconfie se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber as perguntas básicas.

 

3 – Analise as atitudes da criança. Veja como ela se comporta com o acompanhante, se demonstra medo, choro ou aparência assustada.

 

4 – Veja se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas e grandes manchas vermelhas

 

 

ORIENTAÇÕES PARA OS PAIS:

 

1 – Nos passeios manter-se atento e não descuidar das crianças;

 

2 – Procurar conversar todos os dias com os filhos, observar a roupa que vestem e se apresentam comportamento diferente;

 

3 – Procurar conhecer todos os amigos do seu filho, onde moram e com quem moram;

 

4 – Acompanhá-los a escola, na ida e na volta, e avisar o responsável da escola quem ira retirar a criança;

 

5 – Colocar na criança bilhetes ou cartões de identificação com nome da criança e dos pais, endereço e telefone, orientar a criança quanto ao uso do cartão telefônico, bem como fazer chamadas a cobrar para pelo menos três números de parentes, e avisá-los desta orientação;

 

6 – Não deixar as crianças com pessoas desconhecidas, nem que seja por um breve período de tempo, pois muitos casos de desaparecimento ocorrem nestas circunstâncias;

 

7 – Fazer o mais cedo o possível a carteira de identidade no Instituto de Identificação do Paraná;

 

8 – Manter em local seguro, trancado e distante do alcance das crianças arma de fogo, facas, qualquer objeto ou produto que possa colocar a vida delas ou outras pessoas em risco;

 

9 – Orientar as crianças a não se afastar dos pais e fiscalizá-las constantemente;

 

10- Ensiná-las a sempre que estiverem em dificuldade a procurar uma viatura policial, ou um policial fardado (PM ou Guarda Municipal), e pedir ajuda;

 

11- Evitar lugares com aglomeração de pessoas;

 

12- Perdendo a criança de vista, pedir imediatamente ajuda a populares para auxiliar nas buscas e avisar a polícia.

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