O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) discutiram a Política Nacional de Recursos Humanos na manhã desta quinta-feira (9), durante o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do ano de 2008 (II ENCM 2008). O conselheiro do CFM, Geraldo Luiz Moreira Guedes, disse que movimentos de luta por melhores condições de trabalho, deflagrados em todo o país a partir do Dia Nacional de Protesto (21 de novembro de 2007) representam a insatisfação de um quadro que reflete a política de recursos humanos do governo. Guedes criticou a realidade de inserção do profissional médico no mercado. “A realidade é a inserção do médico em condições precárias e uma multiplicidade de soluções improvisadas, como o contrato precário (ou subemprego), terceirização (sob diversas formas) e agora o governo tentando inaugurar as fundações privadas”, diz. Para o conselheiro, a solução para esses problemas depende da implementação de uma carreira e um plano de cargos e salários. “Além disso, defendemos a chamada carreira de estado, pois o mercado tem sido insuficiente para regular, além de uma gestão eficiente”, complementa. Para entender o que faz com que Ministério adote tais políticas, o presidente da Fenam, Paulo de Argollo Mendes, apresentou uma reflexão da origem, das razões e do cerne do pensamento de recursos humanos no Ministério. Após apresentar a origem dessa política, Argollo concluiu: “Esse projeto de recursos humanos do governo federal não nos serve. Essa diretriz está tropeçando nas próprias pernas. A lógica e o bom senso apontam para serviços estaduais”, defende. O conselheiro pela AMB, Edevard José de Araújo, por sua vez, apresentou as concepções desacertadas do governo para tentar fixar os médicos no interior do país, como criar faculdades em áreas carentes de médicos ou fazer programa de residência médica nessas áreas. “O que realmente motiva os médicos a se fixarem é resolutividade, perspectiva de desenvolvimento profissional (carreira), ambiente adequado e seguro dentro das normas técnicas e salário”, explica. Fonte:CFM Data:10/10/2008

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