10 de novembro de 2011

Nos últimos cinco anos, o número de vagas ofertadas para o curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba passou de 100, no PSS 2008, para 120 no PSS 2012, de acordo com o presidente da Comissão Permanente do Concurso Vestibular (Coperve), professor João Lins. No entanto, apenas 67 vagas são reservadas à concorrência geral deste ano, devido ao percentual das vagas destinadas aos alunos egressos de escolas públicas. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), João Medeiros, 60% dos médicos que atuam na Paraíba hoje estão concentrados em João Pessoa. Faltando pouco menos de uma semana para a aplicação das provas do PSS 1 e 2 da UFPB, professores recomendam dedicação exclusiva aos estudos.

Para o PSS 2012, inscreveram-se 4.788 pessoas para tentar uma vaga para o curso de medicina, elevando a concorrência para 71,5 candidatos por vaga, quase o quádruplo dos 19,4 candidatos para uma vaga registrados no PSS de 2009. De acordo com o presidente do CRM, João Medeiros, além de um mercado de trabalho atraente, o status inerente à profissão do médico também é um atrativo para os estudantes. “O médico tem um amplo mercado de trabalho, então, as oportunidades são bem atraentes para quem opta por medicina. Além disso, o status social do médico é indiscutível. De acordo com uma pesquisa do IBGE, o médico é o profissional mais confiável, sendo mais, inclusive, do que os religiosos. Então, dá para perceber o quanto a profissão do médico tem um status relevante para a sociedade”, afirmou. Ele também apontou a tradição e a gratificação com o trabalho como outros fatores que influenciam bastante na escolha pelo exercício da medicina.

De acordo com João Medeiros, a Paraíba tem 5.000 médicos atuando no estado hoje em dia. Destes, cerca de 60% estão em João Pessoa, 20% atuam em Campina Grande e os demais trabalham no interior. “Uma luta do conselho é a interiorização dos médicos da Paraíba. Além da falta de políticas públicas que atraiam os médicos para as cidades mais distantes, muitos municípios têm hospitais sucateados, não têm boa estrutura de atendimento à população, nem bons salários para os médicos e por isso muitos preferem permanecer nas principais cidades do Estado”, afirmou. “A nossa sugestão é que seja criada uma carreira de estado para os médicos, semelhante às dos juízes de direito, para que mais médicos procurem atuar nas cidades mais distantes”, completou.

 Dicas

De acordo com o professor de química do Colégio Geo, Frâncio Queiroz, o aluno deve desenvolver o hábito do estudo. “Para passar num vestibular para medicina, o aluno deve estudar pelo menos oito horas por dia. Além disso, ele deve se habituar ao estudo, torná-lo um hábito mesmo, assim como escovar os dentes ou tomar banho. Ele precisa dividir o tempo de estudo, intensificar os estudos das matérias com as quais ele tem mais dificuldade e resolver muitos exercícios”, afirmou. Para o professor de biologia Evandro Gomes, o aluno deve ter um horário certo para estudar. “A minha dica é que os alunos evitem estudar de madrugada porque já foi comprovado que, neste horário, o estudo não rende e o aluno não consegue apreender o conteúdo visto. Então, ele deve planejar bem o dia de estudo e descansar um dia na semana para recarregar as energias”, recomendou.

 Radiologia e otorrino são especialidades em alta

Segundo o presidente do CRM, radiologia e otorrinolaringologia são as especialidades mais procuradas atualmente. “Hoje em dia, a maior procura é por radiologia e otorrinolaringologia, além de oftalmologia, dermatologia e cirurgia plástica. A razão para isso é que o mercado de trabalho para estas especialidades é bastante amplo e as condições de trabalho são favoráveis, porque um dermatologista, por exemplo, não enfrenta muitas situações de urgência e emergência, então, esse conforto que estas especialidades proporcionam é muito atraente”, explicou.

“Constatamos que houve redução na procura pelas especialidades de ginecologia e obstetrícia e pediatria. Os médicos destas áreas trabalham muito em comparação às demais especialidades e são muito solicitados e nas mais diversas horas, porque nunca se sabe quando uma criança vai adoecer ou quanto uma mulher entrará em trabalho de parto, então, são especialidades bem desgastantes para o médio”, afirmou João Medeiros.

Fonte: Correio da Paraiba

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