Unidade não possui equipamentos básicos nos consultórios e apresenta infiltrações e mofo em quase todos setores

O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente o trabalho dos médicos da Unidade de Saúde da Família (USF) Mangabeira, em João Pessoa, após fiscalização realizada nesta quinta-feira (06). Foi constatada insalubridade dos ambientes, com infiltrações e mofo, oferecendo risco à saúde de pacientes e profissionais, além da falta de equipamentos básicos nos consultórios médicos, na sala de enfermagem, na sala de citológico, na sala de procedimentos e na triagem. Também foi observado que faltam medicamentos e equipamentos mínimos para o atendimento de intercorrências e emergências.

Estas mesmas inconformidades já haviam sido observadas na última vistoria realizada pelo CRM-PB, em outubro de 2021. Ou seja, após nove meses não foram tomadas as providências para sanar os problemas apresentados pelo CRM-PB em relatório enviado à Secretaria Municipal de Saúde.

Na USF Integrada de Mangabeira funcionam quatro equipes de saúde da família: equipe Coqueiral, equipe Feirinha, equipe Balcão e equipe Pedro Lins. Em quase todas faltam equipamentos como estetoscópio, termômetro, oftalmoscópio, luvas descartáveis, sabonete líquido, dentre outros. Os pacientes que necessitam de curativos ou pequenos procedimentos são encaminhados para outras unidades devido à insalubridade dos ambientes.

No consultório médico da equipe Feirinha não há ar condicionado e o atendimento é realizado com a janela aberta, comprometendo a privacidade, não há pia ou lavabo, nem maca para examinar o paciente. O consultório médico da equipe Balcão está com a janela quebrada, ar condicionado sem funcionar e não há ventilador. Desta forma, o atendimento médico está sendo realizado na sala de enfermagem.

“A interdição ética do trabalho médico é o último recurso adotado pelo CRM-PB, para que a população não seja prejudicada. Quando não há condições mínimas para a realização do ato médico, com risco à saúde dos pacientes e dos profissionais, infelizmente, temos que realizar a interdição. Assim que as inconformidades sejam sanadas, o CRM-PB fará nova vistoria e promoverá a desinterdição”, explicou o diretor de fiscalização do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza.

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