Postos de saúde não apresentavam condições mínimas de trabalho e comprometiam o atendimento aos pacientes

De janeiro ao início de abril deste ano, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou cinco Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) em cinco municípios diferentes do interior do Estado. Em todos eles, não havia as mínimas condições de trabalho e, consequentemente, de atendimento adequado aos pacientes. Na próxima segunda-feira (16 de abril), o CRM-PB irá apresentar o projeto Caravana da Saúde, que irá percorrer as cidades com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) para avaliar essas condições de saúde e outros aspectos da qualidade de vida da população.

 “O CRM-PB já realiza o trabalho de fiscalização nas unidades de saúde de todo o Estado, mas com a Caravana da Saúde faremos um trabalho mais amplo, observando outros aspectos, como saneamento, qualidade da água, coleta de lixo, distribuição de remédios, drogas, gastos com a saúde, dentre outros”, afirmou o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM-PB, Eurípedes Mendonça. Ele explicou ainda que esse projeto já é realizado pelo Conselho de Pernambuco, há sete anos, e trouxe resultados satisfatórios.

 Aqui na Paraíba, o projeto será apresentado a médicos, representantes do Ministério Público, Arquidiocese da Paraíba e gestores da saúde. A apresentação da Caravana da Saúde será feita pelo médico Ricardo Paiva, do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, no auditório do CRM-PB, às 19h30. O médico irá ministrar também uma palestra sobre crack, um dos temas mais preocupantes da saúde pública do país.

 

Interdições em 2012

As unidades interditadas pelo CRM-PB neste ano foram: UBSF Santa Fé, em Solânea (130 km de João Pessoa); UBSF I Caldas Brandão, em Caldas Brandão (a 60 km da Capital); UBSF Bela Vista, em Lagoa Seca (130 km de João Pessoa); UBSF Aldeia Estiva Velha, em Marcação (65 km de João Pessoa); e UBSF I Usina Santa Helena, em Sapé (56 km de João Pessoa).

 Segundo Eurípedes Mendonça, dos cinco postos de saúde, dois já foram desinterditados por terem se adequado às normas, o de Caldas Brandão e o de Lagoa Seca. “Em todas essas unidades de saúde, não havia privacidade nos consultórios médicos. Ou seja, a conversa entre médico e paciente era ouvida pelas pessoas que estavam na recepção”, disse.

 Ele ainda acrescentou que na unidade de Marcação, por exemplo, só havia um único banheiro para ser usado pelos pacientes e funcionários, sem distinção de sexo. “As UBSF têm padrões mínimos que devem ser seguidos, de acordo com a Portaria 2.226 do Ministério da Saúde. Quando o mínimo dessas normas não são seguidas, os pacientes não são assistidos satisfatoriamente”, completou o diretor de fiscalização do CRM-PB.

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