16 de setembro de 2011

O diretor de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), Eurípedes Mendonça, vistoriou na última quarta-feira (14 de setembro) o hospital e maternidade Secundina de Oliveira Lima, no município de Belém do Brejo do Cruz, no Sertão paraibano, a 310 km de João Pessoa, e constatou diversas irregularidades. A direção do hospital tem um prazo de 15 dias para corrigir as distorções encontradas, sob pena de interdição ética por parte do CRM-PB.

“O hospital funciona precariamente e deveria ser interditado pela Vigilância Sanitária, pois todas as áreas críticas estão irregulares”, disse Eurípedes Mendonça. Ele explicou que na sala de esterilização, além da estufa, há vassouras e outros utensílios de limpeza. O acesso a esse local é por meio de um outro cômodo, onde a roupa é lavada. “Não há segurança nenhuma da esterilização, colocando em risco a saúde dos pacientes”, completou o médico.

Além disso, não há silêncio nem privacidade nas enfermarias. Na farmácia, há medicamentos no chão, psicotrópicos expostos. “A cozinha tem uma estrutura de conservação precária, bem como toda a unidade. O lixo, inclusive os medicamentos, é incinerado ao lado da cozinha”, acrescentou Eurípedes.

Novo hospital – Após visitar o hospital Secundina de Oliveira Lima, a equipe de fiscalização do CRM visitou outro hospital da cidade. “É um dos melhores hospitais da Paraíba, com equipamentos modernos e obedecendo a todas as normas de segurança. No entanto, falta apoio financeiro para iniciar seu funcionamento”, disse Eurípedes Mendonça.

O hospital Secundina é uma fundação com gestão municipal, enquanto que o novo é administrado pelo município. “O dilema do gestor é como continuar investindo no velho hospital, que é de uma fundação, e não aplicar recursos no novo. Mas esse impasse tem que ser resolvido para que não aconteça como em Campina Grande, em que um novo hospital passou meses para ser inaugurado”, disse diretor de fiscalização.

“Seria importante que a sociedade de Belém e de municípios vizinhos se unissem para exigir das autoridades apoio para viabilizar o funcionamento o quanto antes do novo hospital”, finalizou.

 

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