“O Sistema Único de Saúde (SUS) não consegue atender às necessidades da população, especialmente a mais pobre, em virtude da falta de investimentos e da má administração de seus recursos”. A afirmação foi feita por Florisval Meinão, representante da AMB na audiência pública realizada nesta quinta-feira, 13 de setembro, pela Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e Defesa da Saúde, que funciona no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. Convidado a participar do debate, Florisval Meinão reconheceu que o SUS, previsto pela Constituição de 1988, é um sistema que “faz justiça social”, pois universalizou o atendimento integral à saúde. Ele destacou ainda que o aumento na demanda por assistência à saúde provocou escassez de recursos, já que o sistema passou a atender toda a população, e não apenas o cidadão que era segurado pelo antigo Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). José Ênio Duarte, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, defendeu a imediata regulamentação da Emenda Constitucional 29, objeto de proposta que tramita há mais de quatro anos na Câmara dos Deputados. O presidente da Subcomissão, senador Papaléo Paes (PSDB-AP) afirmou que tão logo a proposta de regulamentação da Emenda 29 chegue ao Senado, após ser aprovada pela Câmara, não permitirá que seja protelada a votação da matéria. Destinada à obtenção de subsídios para nortear a atuação do Senado no financiamento de ações e serviços públicos de saúde, especialmente em relação à tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais, a audiência reuniu, em Brasília, senadores e outros especialistas em saúde. Com informações da Agência Senado
Audiência Pública discute aumento de recursos para o SUS
17/09/2007 | 00:00