A saúde no Brasil vive uma situação preocupante. O serviço público se encontra na UTI. A remuneração do SUS é vergonhosa. Em virtude de não haver uma perspectiva imediata de resolução desses e de tantos outros problemas, a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e as entidades médicas estaduais promovem, em 21 de novembro de 2007, quarta-feira próxima, o Dia Nacional de Protesto em defesa de melhores condições de trabalho, melhor remuneração e uma saúde pública eficiente. Na oportunidade, os médicos de todo o Brasil entrarão em estado de alerta e lideranças médicas anunciarão na sede da AMB (rua São Carlos do Pinhal, 324) um calendário de atividades que culminará em uma paralisação nacional. A tabela do SUS é classificada como vergonhosa. Mesmo depois do aumento da Tabelo do SUS, anunciado em outubro pelo Ministério da Saúde, os médicos são obrigados a acumular empregos, o que se reflete na qualidade do serviço. O SUS paga ao médico R$ 10 por consulta. Incentivam ao parto normal e remuneram apenas R$ 236 para aquele que fica disponível por horas para tal atendimento. Assim como vários procedimentos, como amigdalectomia ou cirurgia de amídalas (R$ 115), postectomia ou cirurgia de fimose (R$ 42), apendicectomia ou cirurgia de apendicite (R$ 211), atendimento ao recém nascido na sala de parto pelo pediatra (r$ 27,60). O lema da mobilização é “medicina brasileira exige respeito.” Reivindicações • tornar o serviço público eficiente na área da saúde; • melhor atendimento à população; • reajuste de 100% do montante destinado aos honorários médicos do SUS; • remuneração piso de R$ 6.963,52 para 20 horas de trabalho. (conforme recomendação do último Enem); • carreira de Estado e implantação de plano de cargos e salários para os médicos no SUS. Com a aprovação da regulamentação da Emenda 29 na Câmara dos Deputados, os médicos discutem como aproveitar o momento político para alertar a população sobre a crise na saúde. “É hora de demonstrar a insatisfação dos médicos com a baixa remuneração e com as condições precárias de trabalho, que prejudicam o atendimento à população”, destaca o coordenador da Comissão, Geraldo Guedes. Dia 21 de novembro os médicos vão se mobilizar em suas clínicas, hospitais e serviços de saúde, seguir em caravana para as Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais, secretarias da saúde e sedes dos executivos, promover discussões em escolas e universidades sobre as condições de trabalho, distribuir panfletos, falar com as pessoas – uma série de atividades reivindicatórias.

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